T Ó P I C O : Canéfora Paulista - Primeira prova de cafés do tipo C. Canephora do Estado de São Paulo
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Canéfora Paulista - Primeira prova de cafés do tipo C. Canephora do Estado de São Paulo
Autor: Leonardo Assad Aoun
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Último comentário neste tópico em: 22/10/2021 16:26:18
Leonardo Assad Aoun comentou em: 21/10/2021 23:31
Canéfora Paulista - Primeira prova de cafés do tipo C. Canephora do Estado de São Paulo
CANÉFORA PAULISTA
Com o advento de novos produtos a base de café, cápsulas, bebidas geladas entre outros, esta posta a mesa uma nova e crescente demanda, a de cafés do tipo C. canephora, estas variedades de café são mais adaptadas a condições de clima quente e baixa altitude, são mais produtivas que as variedades C. Arábicas tradicionalmente cultivadas, ademais a produção de cafés do tipo C. canephoras viabiliza novamente a cafeicultura no Oeste paulista região que possui ainda hoje estrutura fundiária adequada para esta cadeia produtiva.
Nesse contexto despertou-se o interesse em oferecer uma nova opção de renda para o produtor do Oeste de São Paulo, já que até o presente momento, as regiões fornecedoras desta matéria prima distanciam-se a centenas ou milhares de quilômetros (ex.: estados de Rondônia e Espirito Santo) somando ainda questões tributárias ao frete.
Sendo assim, em meados de 2008 foram instaladas as primeiras áreas experimentais no Oeste Paulista, especificamente nos municípios de Adamantina, Pacaembu (Alta Paulista), Lins e Getulina, (Noroeste Paulista) com orientação do Centro de Café (IAC) e condução técnica pela CATI e instalação de experimentos pela APTA Alta Paulista. Na ocasião foram trazidas do estado do Espirito Santo os principais materiais genéticos clonais indicados pelo INCAPER e IAC.
Durante o período de condução de quase 13 anos, inúmeros episódios foram sendo registrados, dentre os principais o advento de 3 geadas (2011, 2012 e 2021), que foi um dos principais fatores de seleção de materiais clonais adaptadas ao Estado de São Paulo. Outras tecnologias foram sendo adaptadas, sendo elas : lâminas e tecnologia de irrigação, introdução obrigatória de espécies quebra ventos para barreira física, condução de podas, espaçamento e população de plantas adaptadas, validação de produtos para controle de ácaro e broca do cafeeiro, validação de protetores solares e insumos nutricionais dentre outros trabalhos em função de oferecer para o produtor um pacote tecnológico prático e de baixo custo focando sempre a sustentabilidade produtiva.
Durante os anos de experimentação, o trabalho da SAA/SP (APTA Regional e CATI) junto a iniciativa privada (produção de mudas) conseguiu introduzir o C. canephora Paulista em 16 municípios do estado de SP (Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz, Parapuã, Pacaembu, Irapuru, Junqueirópolis, Tupi Paulista, Presidente Epitácio, Rinópolis, Quatá, Lins, Getulina, Cafelândia, Gurantã e Garça), em áreas piloto experimentais junto a produtores, cooperativas e universidades que são parceiros no projeto. Destaca-se que o café Canéfora Paulista demonstrou uma excelente qualidade de bebida, o que pode estar atribuído a fatores genéticos, edafoclimáticos e de manejo, sendo que é fundamental dar continuidade em trabalhos de pós-colheita, o que pode cada vez mais agregar valor a este produto tão nobre e de crescente demanda pelas torrefações e solubilizadoras, trazendo renda e dignidade ao cafeicultor paulista.
Assim chegamos a um momento muito especial que são as primeiras colheitas de café do tipo C. Canephora no Estado de São Paulo, e pretendemos avaliar tal produção na “Primeira prova de cafés do tipo C. Canephora do Estado de São Paulo”, realizada nos dia 3 e 4 de novembro no Polo Oeste Regional Oeste Paulista, a prova dos cafés.
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