Harvey Weinstein declara-se inocente das acusações de violação

por RTP
As acusações remontam a apenas dois casos, mas Harvey Weinstein é acusado por mais de 70 mulheres por conduta sexual inadequada Shannon Stapleton - Reuters

O produtor cinematográfico norte-americano apresentou-se esta terça-feira ao juiz do tribunal de Manhattan, a quem disse ser “inocente”. Harvey Weinstein é acusado de violação e conduta sexual inadequada.

A acusação formal foi feita no dia 31 de maio e envolve dois casos. A primeira vítima é Lucy Evans, que alega que o produtor de Hollywood a forçou a fazer sexo oral em 2004. No segundo caso, sem identificação da mulher, Weinstein é acusado de violação, em 2013. O produtor norte-americano arrisca-se a uma pena que pode chegar aos 25 anos de prisão.


As acusações remontam a apenas dois casos, mas Harvey Weinstein é acusado por mais de 70 mulheres de conduta sexual inadequada, incluindo violação, ao longo de décadas. Perante todas estas denúncias, Weinstein declara-se não culpado.

O produtor de 66 anos começou a ser acusado em outubro de 2017. As primeiras denúncias foram divulgadas pelo New York Times e pela New Yorker e a partir daí multiplicaram-se. As responsáveis pelas acusações são, principalmente, modelos e atrizes, entre elas Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Ashley Judd.
Movimento #MeToo

Depois destes primeiros escândalos com Harvey Weinstein no centro das acusações, surgiu o movimento #MeToo. Assistiu-se a uma “avalanche” de declarações de centenas de mulheres que denunciam casos de assédio sexual e violações por parte de homens com poder.

O produtor de Hollywood entregou-se às autoridades no dia 25 de maio, mas o juiz autorizou a sua saída em liberdade com pulseira eletrónica e com a condição de pagar uma caução de um milhão de dólares (864 mil euros). Foi-lhe retirado o passaporte e recebeu ordens para permanecer no Estado de Nova Iorque ou em Connecticut.

O vencedor de Óscares com filmes como “Shakespear in Love” e “Pulp Fiction” vê-se agora a atravessar um período conturbado na carreira. Foi demitido da Weinstein Company e expulso da Academia de Cinema dos Estados Unidos.
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